SERMÕES

 

CRISTO VIVE EM MIM

SERMÃO DO DIA 02 DE AGOSTO DE 2015

 

 

1Cor. 15.57Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio do nosso Senhor Jesus Cristo.


“O que devo fazer para ter vitória constante sobre a minha velha natureza?”.

Na prática diária muitas vezes se nota tão pouco dessa vida vitoriosa.

Mas é válida essa pergunta:
Você crê que Jesus Cristo de fato morreu na cruz?

Então? Como entender a ação em nossas vidas de Rom. 6.6:
“sabendo isto, que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos.”

O Evangelho de Cristo é de carne e sangue.
É uma mensagem carregada de paixão e que decreta a morte do pecador.
O Evangelho deixa claro, que a única sentença para o pecador é a morte de cruz.
A essência de sua mensagem esta em 1Cor. 15.3-4:
“Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras”

O Evangelho afronta o pecador, pois denuncia a sua transgressão e pronuncia a sua sentença.
Mas, também é a única mensagem de vida e poder.

Paulo diz em 1Cor. 1.18:
“...A mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos é o poder de Deus...”

Infelizmente essa mensagem se tornou rara nos púlpitos de nossos dias.
A preferência é mensagem que trata das necessidades do eu e como Deus vai satisfazê-las.
Uma mensagem antropocentrica e não cristocentrica.

Mas, o Evangelho trata da vitória de Deus sobre o pecado e da glória do Seu Reino.

O Evangelho é descrição dos fatos realizados por Deus por meio de Cristo, para que fossemos reconciliados com Ele, diz 2Cor. 5.18-19.
“Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo... ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens.”

Na época do Império Romano, quando alguém era condenado à crucificação significava que havia perdido o direito de existir.
A cruz era instrumento utilizado para expor à humilhação os seus piores inimigos.
Era o símbolo máximo da vexação, humilhação.
Um homem ao colocar a cruz sobre os ombros sabia que era o seu fim.
Não haveria mais retorno à vida.

João 12.24 registra Jesus dizendo que:
“se o grão de trigo cair na terra e não morrer, continuará só. Mas se morrer, dará muito fruto”
Jesus declara que:
sem morte do velho não há manifestação do novo.

Assim vemos dois aspectos, o fim e o começo,

Estar crucificado com Cristo implica em estar:

1) Morto para o poder do pecado.
Significa que o pecado não tem mais domínio sobre a minha vida.
Pois a minha natureza de pecado foi crucificada e morta com Cristo. Rm 6.6-7.
“Pois, sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse destruído, e não mais sejamos mais escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do pecado.”

Estar crucificado com Cristo implica em estar:

2) Morto para a influência do mundo.
Posso viver na contra mão da história.
Não tenho necessidade de me adequar aos valores do mundo, mas, devo coloca-lo de cabeça para baixo com a pregação do Evangelho. Gl 6.14.
“Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo.”

Estar crucificado com Cristo implica em estar:

3) Recriado para uma vida nova.
Aqui entra o aspecto positivo da cruz. Rm 6.4 .
“Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.”

Estar crucificado com Cristo implica em estar:

4) Recriado para expressar Cristo.
Deus quer fazer-se conhecido ao mundo através da manifestação da vida de Cristo em nós.
Porque neste mundo somos como Ele.
Na primeira carta de João vemos 1 João 4.17
“Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo.”
O desafio para exalarmos o bom perfume de Cristo é simples: 2 Cor. 4.10.
“Trazendo sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo.”

Conclusão:

No momento em que o inimigo procura nos provocar por meio de pessoas que:
• ofendem, caluniam ou fazem outras injustiças
• temos a oportunidade de provar que cremos no poder da morte de Jesus.

Numa ocasião assim é que o “estar crucificado com Cristo” se mostra como segredo da vitória.

Por toda parte nos deparamos com a cruz.

Se não tivéssemos provações,
• não haveria oportunidade de praticar a vitória de Jesus conquistada na cruz.

Pois em cada provação temos a possibilidade de exclamar, como vitória do novo homem, mulher, jovem, adolescente, criança... o que está escrito em 2 Cor. 2.14:
“Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo.”
Porque... eu estou crucificado com Cristo... agora vive não mais eu!!!

 

 

ESCOLHAS, PERSEVERANÇA E CONFIANÇA

 

 

 

SERMÃO DO DIA 12 DE JULHO DE 2015

 

Mateus 7.7-14

Encerrando o seu ensino sobre a ética do Reino... a felicidade dos cidadãos do Reino...
Nos v.1-6 Jesus nos fala sobre relacionamentos

Ele nos ensina que:

Para o bom relacionamento entre cristãos é preciso:
- saber como lidar com os julgamentos ou críticas,
- saber os critérios e em que medida usá-los.
Também nos adverte
- contra a atitude de criticar outras pessoas
- sem verificar primeiro se estavam abertos à crítica.

Agora faz um alerta sobre: as escolhas, perseverança e confiança cristã 

 

I. Escolhas Cristãs 

Em todas as situações da vida, o cristão
• deve manter-se em comunhão com Deus
• e isso, através da oração.

Segundo Jesus,
• a persistência na oração pode esperar resposta
• não em razão da técnica utilizada,
• mas do Deus a quem é dirigida a oração”.

O interessante é que nos vv.7-11
• os imperativos estão todos no presente,
• o que sugere buscar, pedir e bater constante,

No v.12  Jesus, sintetiza suas instruções
• acerca de como os seus discípulos devem viver.
• essência dos princípios éticos contidos na Lei e nos Profetas.

II. Perseverança e confiança em Deus

 

Jesus também chama a atenção
• para a perseverança na oração
• bem como para as boas ações.

As vezes uma pessoa que tem boa intenção vai de um extremo a outro:
• no início se propõe a fazer algo bom,
• mas no processo, vê as dificuldades, e abandona

Há pessoas inexperientes em viver vida virtuosa.

Mas...
• não fazer nada é tão ruim quanto a se propor ao que está acima de nossas forças.

Para evitar extremos devemos pedir a Deus o bom senso e depois ajudar-nos, confiantes de que:
"todo aquele pede, recebe, todo aquele que procura, alcança, e todo aquele que bate a porta, a porta lhe será aberta."

Para reforçar a fé de que receberemos o que pedimos, Jesus traz o exemplo do relacionamento com os filhos:
"quem vos dará uma pedra ao filho que pede pão Se vós então, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará boas coisas aos que Lhe pedirem."

Para ilustrar como Deus nos atende, Jesus falou a parábola sobre o amigo importuno, Lc 11.
O sentido da parábola está claro:
se até o amigo atendeu o pedido, para que não mais voltasse a importuná-lo,
Muito mais Deus misericordioso atenderá nossa oração.
Lucas, citando as palavras de Jesus sobre a perseverança na oração,
ao invés de "coisas boas " usa a expressão 'Espírito Santo." (11.13)

A graça de Deus é o benefício final
que devemos almejar.

O Espírito Santo é fonte de tudo de valioso e bom:
consciência limpa, mente clara, fé poderosa, entendimento do propósito de vida, estado de alerta, paz espiritual, alegria...
Especialmente a santidade - o maior tesouro da alma.

Em relação aos benefícios materiais e sucessos mundanos que disputamos, podemos pedir a Deus.
Mas...
• lembremos que são secundário e temporário.

Assim, Jesus diz:
• não devemos pedir só coisas que nos dão prazer
• e que são fáceis de ser alcançadas,
•  mas coisas que nos levarão à salvação:

"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que tomam rumo por ele. Mas é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram!" (v.13,14).

O caminho espaçoso representa a vida cujo propósito é
• o enriquecimento e prazeres carnais,
Enquanto que o caminho estreito é
• uma vida de aprimoramento do coração
• e empenho de boas ações.

Ao término desta parte do Sermão, Jesus nos dá a síntese e clareza, que engloba todo o espectro de relações humanas:
"Portanto tudo o que quereis que os outros vos façam, fazei o mesmo também vós a eles: nisso está a lei e os Profetas" (Mt 7:12).

Esse é o significado da Lei divina
e as escritas dos profetas.

Assim...
Jesus nos ensina
• a escolher o caminho estreito na nossa vida
• e, procurar fazer o bem a todos que propomos, com perseverança
• pedir a Deus ajuda, entendimento e dons espirituais para Sua Igreja.

Certamente Deus irá nos ajudar
• porque Ele é o Pai que nos ama
• e É a total fonte de todo o bem.

 

RELACIONAMENTO CRISTÃO NA ÉTICA DO REINO

SERMÃO DO DIA 05 DE JULHO DE 2015

Mateus 7.1-29

Deus está preocupado com as duas áreas da nossa vida: a particular e a pública; a religiosa e a secular.
Em ambas, precisamos ser diferentes: da hipocrisia religiosa dos fariseus (6.1-18)e do materialismo secular dos gentios (6.19-34).

Jesus coloca diante dos seus discípulos alternativas contrastantes:
1) 2 tesouros –terra e céu – vv.19-21;
2) 2 condições físicas – luz e trevas –  vv.22-23;
3) 2 senhores – Deus e riquezas – v.24; e
4) 2 preocupações –corpo e reino de Deus – vv.35-34.

Depois de fazermos nossa escolha entre:
os 2 tesouros (onde ajuntá-los),
as 2 visões (onde fixar os olhos),
os 2 senhores (a quem servir) e;
as 2 preocupações (como viver)

Nos resta a recomendação de Jesus:
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (v.34)

No cap. 7, Jesus encerra o seu ensino sobre a ética do Reino... a felicidade dos cidadãos do Reino...

Ele agora faz um alerta sobre
os relacionamentos do cristão (vv.1-6),
as escolhas cristãs (vv.7-14),
os compromissos cristãos (vv.15-27).

I. Relacionamentos Cristãos – vv.1-6

Para um bom relacionamento entre os cristãos é necessário:
- saber como lidar com os julgamentos ou críticas,
- saber os critérios e em que medida usá-los.

Nos vv.1-5 Jesus adverte os seus discípulos
- contra a atitude de criticar outras pessoas
- sem verificar primeiro se eles estavam abertos à crítica.

No v.1, Jesus não está condenado
- o exercício natural do ser humano de fazer uso da faculdade crítica, do juízo de valor e escolha entre diferentes programas ou planos de ação,

Mas o que diz o v.1 é sobre
- o hábito de fazer julgamento ferino e duro contra as pessoas,
- o que deprime, machuca e enfraquece em vez de corrigir, fortalecer e edificar.”

Como, então, julgar (criticar) corretamente?

1º) Julgar como gostaria de ser julgado – v.2;
2º) Julgar-se primeiro (autocrítica) – v.3,4;
3º) Não ser hipócrita ou falso – v.5;
4º) Não se colocar na posição de juiz – v.1;

Sobre isso Paulo traz recomendações:
Rm 14.4,13; 1Co 4.5; Tg 4.12.

O cidadão do Reino é um crítico
-  no sentido de usar o seu poder de discernimento,
- mas não um juiz no sentido de censurar.
No v.6, Jesus ordena aos seus discípulos
- que façam um julgamento correto na hora de compartilhar as coisas de Deus,

 

Conclusão

Com Jesus aprendemos que:

O cidadão do Reino é um crítico
-  no sentido de usar o seu poder de discernimento,
- mas não um juiz no sentido de censurar.

Com Jesus aprendemos também que:

A verdade do Evangelho “não deve ser exposta a insultos e zombarias”.

Aqui temos um “princípio que regulamenta a maneira como se trata o Evangelho diante daqueles que odeiam a verdade”.

 

DEUS ODEIA TANTO O PECADO COMO AQUELE QUE TEIMA EM VIVER NO MESMO!!!

Sabemos que Deus é amor (1 Jo. 4:8) e que o amor é paciente (1 Cor. 13:4).

Sem dúvida, a paciência ou longanimidade é um aspecto importante do amor de Deus.
Uma qualidade divina mostrada várias vezes no AT

 

Êx 34:6-7 descreve Deus nestes termos:

"SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!"

Em Naum 1:3, encontramos este comentário sobre a paciência e a justiça de Deus:

"O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés."

Podemos aceitar que existe um sentido genérico do amor de Deus.
Ele demonstra e fala
• de amor ao mundo,
• amor à humanidade,
• amor à sua criação.

Mas, temos que entender que, no sentido salvífico  
• o amor de Deus é derramado exclusivamente sobre o seu povo
• e, individualmente, sobre os que Ele eficazmente chama para si.

Assim, entendemos em nossa doutrina calvinista que:
o Seu amor é derramado sobre aqueles que responderão, ao chamado eficaz,
abraçando a Cristo como único e suficiente Salvador.

A frase "Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador"
• é uma forma simplista de expressar uma situação complexa,
• pois é impossível separar o pecado do pecador,

Essa frase da o tom de que o pecado seja uma entidade com vida independente,
- que apenas se utiliza do corpo e da mente do praticante.

O que diz Tg 1.12-15?:

Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.

A Palavra do Senhor nos ensina que
• o pecado é gerado dentro das pessoas, partindo da própria vontade,
• externando sua prática num relacionamento de dependência mútua com o praticante.
 sem barreiras e controles,
 enfim, sem a redenção,
 e leva à morte.

O pecado é algo odioso em suas manifestações.
Estas são vistas nas pessoas, pecadoras,
ele é indescritível e destituído de caráter.

Em Rm 9.11-18 a Bíblia fala do "aborrecimento" (ódio) de Deus contra Esaú, contrastando com o amor derramado sobre Jacó.

Mas a Palavra de Deus expressa em outras ocasiões (além desse caso específico, de Esaú e Jacó)
o ódio ("aborrecimento") de Deus a pecadores.

Isso ocorre, porque Deus é tanto JUSTIÇA como AMOR.

Isso vemos no Sl 11.5:
"O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência".

Ezequiel assim nos afirma no Cap. 18.4,20-32:
4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.
20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este. 21 Mas, se o perverso se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer o que é reto e justo, certamente, viverá; não será morto. 22 De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela justiça que praticou, viverá. 23 Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? — diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva? 24 Mas, desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniqüidade, fazendo segundo todas as abominações que faz o perverso, acaso, viverá? De todos os atos de justiça que tiver praticado não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu e no seu pecado que cometeu, neles morrerá. 25 No entanto, dizeis: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi, agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos tortuosos? 26 Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniqüidade, morrerá por causa dela; na iniqüidade que cometeu, morrerá. 27 Mas, convertendo-se o perverso da perversidade que cometeu e praticando o que é reto e justo, conservará ele a sua alma em vida. 28 Pois se considera e se converte de todas as transgressões que cometeu, certamente, viverá; não será morto. 29 No entanto, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é direito. Não são os meus caminhos direitos, ó casa de Israel? E não são os vossos caminhos tortuosos? 30 Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o SENHOR Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniqüidade não vos servirá de tropeço. 31 Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel? 32 Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei.

Lembremos do primeiro rei de Israel – Saul...
Ao pecar e insistir em viver fazendo aquilo que não era permitido fazer, transgredindo a vontade de Deus... o que aconteceu?
Sua vida terminou assim...
15.35 Nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porém tinha pena de Saul. O SENHOR se arrependeu de haver constituído Saul rei sobre Israel.
16.1 Disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque, dentre os seus filhos, me provi de um rei.
16.14 Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o atormentava.
16.15 Então, os servos de Saul lhe disseram: Eis que, agora, um espírito maligno, enviado de Deus, te atormenta.
31.2 Os filisteus apertaram com Saul e seus filhos e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul.
31.3 Agravou-se a peleja contra Saul; os flecheiros o avistaram, e ele muito os temeu.
31.4 Então, disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para que, porventura, não venham estes incircuncisos, e me traspassem, e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não o quis, porque temia muito; então, Saul tomou da espada e se lançou sobre ela.

16.7 Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.

Deus não odeia somente a violência (que inexiste sem o praticante),
• mas "ao que ama a violência"
• uma pessoa, o pecador.

Em Pv. 6.16-18 lemos sobre sete coisas que o senhor abomina (odeia):
• olhos altivos,
• língua mentirosa,
• mãos que derramam sangue inocente,
• coração que trama projetos iníquos,
• pés que se apressam a correr para o mal,
• testemunha falsa que profere mentiras,
• e o que semeia contenda entre irmãos.

Quando lemos essa descrição das "coisas" que o Senhor odeia,
• vemos que elas não são somente "coisas",
• mas, pessoas que realizam certas ações;

A descrição é a de pessoas que Deus abomina.

Isso fica bem claro nas duas últimas "coisas" - uma pessoa, que é:
• testemunha falsa que profere mentiras,
• e o que semeia contendas entre irmãos.

Assim, devemos ser cautelosos em afirmar que:
- Deus não odeia pecadores que não querem sair de seus pecados.
• pois esse ensinamento não pode ser atribuído à Bíblia 

Deus tem sido muito longânimo com os pecadores que querem perpetuar seus pecados...
mas a longanimidade dele não é eterna!

Ou aceitamos o preço do resgate pago por Jesus
• e renunciamos o pecado
ou ficamos com uma eterna dívida por causa do pecado não deixado
• e isto gera ódio divino que nunca será possível pagar.

Hb 3 e 4, cita o exemplo dos israelitas para nos ensinar sobre quem teima em permanecer no pecado.
• uma geração rebelde
• perdeu sua oportunidade
• e não entrou na terra prometida.
• Foram mortos e não receberam a promessa

Hb convida a ouvir a voz de Deus hoje (3:7,15; 4:7).

A longanimidade de Deus nos deu todos os minutos da nossa vida até o presente momento,
- mas não dá garantia de mais nenhum após.
- se deixarmos a oportunidade passar, sera tarde.

No trecho onde Paulo relembra que todos seremos julgados por Cristo, ele diz em 2 Cor. 5:9:

"E por isso que também nos esforçamos... para lhe sermos agradáveis".
 

A VIDA CRISTÃ NA IGREJA PRIMITIVA

 
Sermão do dia 31/05/2015

A vida cristã na Igreja Primitiva
Atos 9.31

-Introdução:
 

Quando olhamos para a Igreja Primitiva s e vemos a igreja atual, ficamos impressionados com o quanto nos distanciamos de nossas origens.

A Igreja Primitiva com as lutas e perseguições podia dizer que “tinha paz” e por isso “crescia em número”.

Isso nos leva a refletir:
Qual era o segredo da Igreja primitiva?
Por que tinha paz mesmo em meio à perseguições?
Como crescia sendo reprimida o tempo todo?

Jesus disse que onde estiver nosso tesouro estara nosso coração (Mat 6.21).
Onde estava o coração dos irmãos primitivos e o que seria mais importante para eles?

3 coisas para entender o segredo da Igreja Primitiva:

1- A PALAVRA acompanhada da oração:

A Palavra de Deus era o centro do culto.
A igreja dia e noite orava e meditava nas Escrituras.

a)    Perseverança na Palavra
5.42:  E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.

Estavam em torno das escrituras e todos os dias.
Se reuniam para orar e aprender a Palavra de Deus.

b)   Objetivo comum de anunciar a Palavra
4.20: pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.

Além de conhecer a Palavra, tinham um objetivo em comum - anunciar a Palavra.
Todos eram missionários e testemunhavam.

c)    A simplicidade na Pregação
16.31: “crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa”
Podemos perceber palavras simples e poderosas devido à fé que tinham.

A Palavra de Deus é o fundamento da Igreja!
                       

2- A FÉ seguida de prática:
A fé era uma conseqüência da Palavra.
Eram chamados cristãos pela vida que tinham.

a)    Fé baseada numa experiência pessoal:
Todos afirmavam que tiveram um encontro como salvador.
Não falavam do que ouviram, mas do que viviam.

b)   Fé transformadora:
19.18-20: Muitos dos que creram vieram confessando ....a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente.
Como fruto da fé, vidas eram transformadas e se convertiam publicamente sem nenhuma vergonha.

c)    Fé comprometida com o próximo:
4.32,33: Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.
Essa fé gerava uma ajuda mútua, companheirismo e compromisso com o próximo.

d)   Fé incondicional:
14.22:  fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé;
Criam na vontade soberana de Deus mesmo diante de perseguições.
Oravam por seus líderes e acreditavam que Deus os abençoava.
A liderança pregava a Palavra e vivia a fé.

A fé é o sustento da Igreja!

3- O PODER como fruto da fé na Palavra:
Poderia fazer uma equação:
PALAVRA + FÉ = PODER
A Palavra alimenta a Fé e a Fé gera o Poder.
O Poder é conseqüência a Fé na Palavra de Deus. Quem tem fé conhece o poder de Deus.

a)    Buscaram até receber poder
2.1-4: ... estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente ... Todos ficaram cheios do Espírito Santo ...
O início da Igreja foi marcado pelo recebimento do poder de Deus para pregar a Palavra (Atos 1.8).
Todos receberam o poder, não havia distinção de uns mais espirituais do que outros.

b)   O poder do nome de Jesus
4.9-12: ...em nome de Jesus Cristo,...sim, em seu nome ...porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.
A igreja tinha ciência de que não agiam por si, mas em nome de Jesus, fazendo sua vontade.

c)    O poder gera coragem
4.27-31: ... agora, Senhor, ... concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, ... e, com intrepidez, anunciavam a palavra.
Os cristãos não tinham medo nem vergonha de enfrentar qualquer perigo.
Com intrepidez pregavam a Palavra e Deus operava maravilhas.
Muitas vezes Deus não age por que não temos coragem de falar em nome de Jesus.

d)   O poder da ressurreição
4.33: Com grande poder... davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, ....
A fé na ressurreição era algo real e testemunhado pelos cristãos ao ponto de não terem medo de morrer.
O poder que age sobre nós é o mesmo que ressuscitou a Jesus dentre os mortos.
O homem poder dizer que cura através de remédios, mas não pode devolver a vida.
Por isso pregavam a ressurreição na volta de Cristo.

e)    Poder de cura e milagres
5.12: Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. 
Deus quer salvar o homem por inteiro, libertando de tudo o que o prende e o oprime.
O Jesus que cremos é o mesmo que curava muitas pessoas e se Ele está entre nós então Ele ainda cura.

f)     O poder do louvor
16.25: Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, 
Diante das perseguições e lutas eles oravam e louvavam a Deus crendo que os libertaria.
Sem poder, a Palavra e a fé são infrutíferas.

A Igreja precisa de Poder para pregar com Fé!

-CONCLUSÃO:
Uma Igreja poderosa é uma Igreja que pela Fé na Palavra de Deus vê o seu impossível acontecer.
Há uma Igreja sem problemas: A Missionária.

Igreja que se ocupa de pregar a palavra e exercer a fé para curar e libertar vidas só tem um problema:
resgatar vidas perdidas no mundo.

Por que às vezes a realidade hoje é tão diferente?
É por que está faltando estas três coisas:
a Palavra, a Fé e o Poder.

Quando a Igreja deixa de ter compromisso com a Palavra para buscar outras prioridades, ela enfraquece na Fé e perde o Poder.

Aquela Igreja cria na Palavra, viviam a Fé e através do Poder de Deus os milagres aconteciam.

Sem Palavra não há Fé e sem Fé não há Poder!

 

SERMÃO DO MONTE - PARTE SETE

 

Piedade do Cristão

Sermão do dia 24/05/2015

 

Dois tesouros, duas visões, dois senhores e duas preocupações

Mateus 6.19-34

Mateus 6.19-34  trata da vida pública do cristão em relação a questões seculares – valores, prioridades, serviço e preocupações.

Há uma distinção entre o religioso e o secular ?
Na prática cristã, não podemos separar estas duas esferas da vida.
Tudo o que fazemos é para a glória de Deus.

Nesta parte do Sermão do Monte, Jesus mostra isto:
Deus está igualmente preocupado com as 2 áreas da nossa vida: a particular e a pública; a religiosa e secular.
Em ambas, precisamos ser livres:
da hipocrisia religiosa dos fariseus (vv.1-18)
e do materialismo secular dos gentios(vv.19-34).

Jesus coloca alternativas contrastantes:
1)Dois tesouros – na terra e no céu – vv.19-21;
2) Duas condições físicas – luz e trevas –  vv.22-23;
3) Dois senhores – Deus e as riquezas – v.24; e
4) duas preocupações – nosso corpo e o reino de Deus – vv.35-34.

Mas como fazer a escolha?
A ambição do mundo fascina.
O encanto do materialismo é difícil de quebrar.

Aqui, Jesus nos ajuda a escolher o melhor.
Ele destaca a insensatez do caminho errado e a sabedoria do caminho certo.

1. Dois tesouros (vv.19-21)

a. O que Jesus não proibiu:
(a) a propriedade particular  
(b) a poupança para o futuro
(c) o desfrutar das coisas que Deus nos dá 
b. O que Jesus proibiu?
(a) o acúmulo exagerado de dinheiro e bens;
(b) o consumismo exagerado, materialista;
(c) a vida extravagante e luxuosa (ver Lc 12.15).

Como ajuntar tesouros no céu?
Fazendo coisas cujos efeitos se perpetuam além da morte, por toda a eternidade.

Jesus não estava ensinando uma doutrina de méritos,
• como se pudéssemos acumular no céu, através de boas obras praticadas na terra,
• uma espécie de crédito bancário.

Tal noção contradiz o evangelho da graça.
Jesus estava falando a discípulos já salvos!!!!

Jesus fala sobre a durabilidade das riquezas:
as da terra são temporais, as do céu são eternas.

Então, o que podemos fazer para ajuntar tesouros no céu?

a) Desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo;
b) Crescer na fé, na esperança e no amor, pois estas virtudes, diz Paulo, “permanecem...” (1Co 13.13);
c) Crescer no conhecimento de Cristo, com quem estaremos no céu, eternamente;
d) Falar de Cristo com outras pessoas de modo que também possam estar conosco no céu;
e) Investir dinheiro nas causas cristãs (dízimos e ofertas). Este é o único investimento financeiro cujos dividendos são eternos.

2. Duas condições físicas – vv.22-23

Jesus passa da durabilidade dos tesouros para o benefício relativo de duas condições.

• O contraste é entre uma pessoa cega e uma pessoa que tem visão e,
• entre as trevas e a luz em que elas vivem.
“Os olhos são a lâmpada do corpo...”
O corpo depende da visão... para andar, correr, ler, cozinhar...
O olho “ilumina” o que o corpo faz com as mãos e os pés.
“Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso”.

Na Bíblia, olho é equivalente a coração.
“Fixar os olhos” em alguma coisa é equivalente a “colocar o coração” (Sl 66.18).

Então, Jesus está falando da importância de pôr o coração na coisa certa (v.21).
Se colocamos nas coisas erradas, ficamos intolerantes, egoístas, desumanos, e perdemos o verdadeiro propósito da vida (1Ts 6.9-10).

3. Dois senhores – v.24

Depois da escolha
• entre dois tesouros (onde ajuntá-los)
• e duas visões (onde fixar os olhos),
• temos ainda que escolher entre dois senhores (a quem servir).

Trata-se de uma escolha - Deus e as riquezas.

Muitos se recusam a fazer esta escolha; acham possível servir a ambos.
• Acabam servindo a Deus com os lábios,  
 às riquezas com o coração;
•  a Deus na aparência,
 às riquezas na realidade.
Outros
• servem a Deus com a metade do seu tempo,
• e às riquezas com a outra metade.

Esta solução popular de comprometimento dividido que Jesus condena.
Devoção e serviço exclusivos a Deus e a Cristo esta na intenção em ajuntar tesouros no céu,
• quando os olhos (coração) estão fixos nas coisas de Deus,
• tudo o que fazemos é para Deus, para a sua glória

Perguntaram a um cristão:
O que o Senhor faz da vida? Qual é a sua profissão?
Ele respondeu: Eu sirvo a Deus.
Querem saber como eu faço isto? Sou médico.

Concluindo

Duas preocupações – vv.25-34

Jesus conclui...
• Se escolhemos o céu, a luz e Deus,
• então, não precisamos ficar ansiosos, preocupados com a subsistência: água, comida, roupa.
Deus sabe que precisamos disso.
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (v.33)
• Não tudo o que queremos, mas o necessário.

SERMÃO DO MONTE - PARTE seIs

Sermão do dia 17/05/2015

 

Piedade Cristã

Mateus 6.1-18

No cap. 5 Jesus já ensinou sobre o caráter cristão pronunciando as bem-aventuranças.
Ensinou sobre a influência cristã usando as metáforas “sal da terra e luz do mundo”
Ensinou sobre a justiça cristã  resgatando o sentido original da Lei e a sua profundidade real.

Agora, ele continua ensinando sobre a justiça cristã, mas noutra área da vida - a piedade cristã.

Se olharmos o que Jesus ensina no cap. 5 com o que ensina no cap. 6 veremos que
• em Mt 5 ele fala de justiça moral relacionada com bondade, pureza, honestidade e amor.
• em Mt 6 fala de justiça religiosa relacionada a esmola, oração e jejum.

Os fariseus, distorciam a Lei,
• enfatizavam os atos externos e aparentes
• em detrimento dos verdadeiros sentimentos e intenções do coração.
Jesus, ao contrário, dizia que
• a observância da Lei deve começar no coração.

Esmolas, oração e jejum não têm valor se praticados externamente apenas, com a intenção de parecer mais religioso ou piedoso do que realmente é.

Jesus advertiu:
“Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles...” (Mt 6.1).
À primeira vista, essa advertência parece contraditória com o que ele disse antes:
“Vós sois a luz do mundo... Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras...” (5.14, 16).
Mas não há contradição.
Em Mt 6.1,o que Jesus condena é a prática de boas obras, morais ou religiosas, com a intenção de se exibir, de parecer o que não é e receber elogios disso.
Em Mt 5.14-16, ele ensina que as verdadeiras boas obras, tão naturais, espontâneas e visíveis como a luz, glorificam a Deus, não aos que as praticam (Mt 5.16b).

Neste texto vemos exemplos dados por Jesus.

 

1. A esmola cristã – vv.2-4

Jesus esperava que seus discípulos fossem doadores generosos
• mas os advertia contra as motivações egoístas e exibicionistas.
No caso das esmolas ou ofertas, o importante não é o que a mão está fazendo, mas o que o coração está pensando enquanto isso.

Três possibilidades:
(a) desejo de aparecer e receber louvor das pessoas;
(b) desejo de sentir-se bem consigo mesmo;
(c) desejo de agradar a Deus e ser aprovado por ele.

Os fariseus buscavam o louvor dos homens.
Por isso Jesus os chamou de hipócritas, termo grego significa ator.
E aos fariseus, acrescentou: “... eles já receberam a sua recompensa” (v.2).
Se o que buscavam era a admiração e os elogios dos homens, já os tinham.

Então, qual é a maneira cristã e sincera de dar esmolas ou fazer ofertas?

Jesus responde no v.3 – não toque trombeta, não busque a glorificação dos outros; não fique pensando no que fez e se achando o máximo; isto é autoglorificação.
Jesus diz: “Teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (v.4).
Não os homens, mas Deus, ao seu modo.
Há nisto, a alegria de ver a felicidade e alívio do necessitado ou da igreja a quem se fez a doação.

2. A oração cristã – vv.5-15

 

Jesus disse que os fariseus “gostavam de orar” (v.5a).
Mas, gostavam de orar em lugares públicos “para serem vistos pelos homens” (v.5b).
•  mesma intenção de se exibir, de parecer piedoso e ser admirado.
• Atores espirituais (hipocritas)

A orientação de Jesus no v.6 não significa que só podemos orar no quarto com a porta fechada.
Jesus está falando da motivação:
• o desejo sincero de falar com Deus.
• Da intimidade com Ele
Fechar a porta
• pode ser um equivalente ao fechar os olhos
• se concentrar-se somente em Deus
• mostrar teu quarto interior – coração e alma

De novo Jesus contrasta as recompensas:
os que oram para serem vistos e admirados pelos homens só recebem isto; os que falam com Deus, de verdade, em intimidade, têm resposta às suas orações (v.6; Sl 66.18-20)

 

3. O jejum cristão – vv.16-18.

Os judeus jejuavam duas vezes por semana (Lc 18.12).
Na Bíblia, o jejum relaciona-se com
• a humilhação, arrependimento, confissão, autodisciplina e oração
Sl 35.13; Is 58.3,5; Ne 9.1,2; Jn 3.5; Dn 9; At 9.9

Jejum e oração eram praticados, tanto noAT e NT, em situações especiais de maior necessidade, visando bênçãos especiais (Ef 4.16; At 13.1-3)

O princípio de Liturgia PL da IPB assim fala sobre o Jejum:
Arts. 24 e 25:  “... em casos muito excepcionais de calamidades públicas, como guerras, epidemias, terremotos, etc., é recomendável a observância de dia de jejum, cessadas tais calamidades, de ações de graças”

O problema com os fariseus era a hipocrisia.
Eram atores na intenção de parecer aos homens que jejuavam (v.16).
E Jesus menciona
• a recompensa humana que buscavam
• e a recompensa ou bênção de Deus pelo jejum espontâneo e sincero (vv.16b, 18b).

Concluindo

 

A orientação do v.17,18 não implica em nada especial, fora do comum, mas apenas a naturalidade

Não devemos ter nenhuma intenção de fingir ou exibir espiritualidade.

 

SERMão do monte - parte cinco

sermão do dia 03/05/2015

 

GENTE DE PALAVRA, QUE NÃO SE VINGA, QUE AMA ATÉ OS INIMIGOS

Mateus 5.33-48

Três outros exemplos que Jesus citou da Lei
1º) Não jurar falso, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor. (v.33);
2º) Olho por olho, e dente por dente. (v.38);
3º) Amarás teu próximo, e odiarás teu inimigo. (v.43)

 

1. Gente de palavra – vv.33-37

Os fariseus eram permissivos não somente nas questões relativas ao adultério e ao divórcio, mas também em seus ensinamentos sobre juramentos.

Eles diziam: “Não quebre a sua promessa, mas cumpra o que você jurou ao Senhor que ia fazer...”
Jesus dizia: “Não jurem de jeito nenhum. Não jurem pelo céu... nem pela terra...” (vv.33-34 BLH)

Os fariseus conheciam os ensinos do AT sobre juramentos, principalmente aqueles que tomavam a Deus por testemunha.
Tais juramentos ou votos devem ser cumpridos. (cf. Lv 19.12; Nm 30.2; Dt 23.1)
Porém, eles limitavam-se a exigir cumprimento dos juramentos, votos ou promessas feitas a Deus ou usando alguma fórmula do tipo “juro por Deus”.
Não eram rigorosos quanto à palavra empenhada no dia a dia, nas questões corriqueiras. Se não foi prometido ao Senhor ou em nome do Senhor...
Jesus, ao contrário, ensinou que não precisamos jurar; nossa palavra deve bastar!
Os que convivem conosco tem saber que quando dizemos “Sim”, é sim; e “Não”, é não.
Jesus diz que: “o que disto passar vem do maligno” (v.37)

Falta de palavra, juramentos desnecessários ou quebrados, desonestidade e mentira, são obras do maligno!

Pense no seu dia a dia, nas coisas consideradas mínimas, como “Estarei lá, às tantas horas...”; “Amanhã eu farei isto para você...”; “No dia tal eu lhe pago...”; “Vou orar por você...”.
Há votos de maior alcance que fazemos na profissão de fé e batismo, no casamento...
Cumprimos estas e tantas outras promessas?
Temos palavra?

 

2. Gente que não se vinga – vv.38-42

Falando ainda da Justiça, Jesus corrigiu a atitude entre os judeus de resistir ao perverso ou de se vingarem dos que lhes faziam mal.
Eles se baseavam numa frase conhecida da Lei Mosaica:“Olho por olho, dente por dente”.
Mas é preciso lembrar que a Lei de Moisés era um código civil, além de moral.
Êx 20 contém os Dez Mandamentos, - Lei Moral; Êx 21-23 contêm ordenanças que aplicam os dos Dez Mandamentos à vida do povo judeu - leis civis.
Há ali uma variedade de “casos legais” sobre os prejuízos causados a pessoas e propriedades.
É neste contexto que aparecem as palavras “... vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, machucadura por machucadura” (Êx 21.24-25. Cf. Lv 24.19-20; Dt 19.21).

O contexto indica que esta era uma instrução para juízes; era a lei da retribuição exata, cujo propósito era estabelecer a justiça especificando o castigo que o culpado merecia e limitando a compensação da vítima a um equivalente exato e não maior.
Tinha o duplo efeito de caracterizar a justiça e refrear a vingança.
Posteriormente, a retaliação literal foi substituída por penalidades em dinheiro ou custos.
Se o dono de um escravo o ferisse cegando-o de um olho, ou quebrando-lhe um dente, a retribuição seria perder o escravo.

Mas, os fariseus estendiam este princípio da retribuição dos tribunais para os relacionamentos pessoais e assim tentavam justificar a vingança pessoal, embora, noutras passagens, a Lei o proibisse (Lv 19.18).
Jesus não contradisse o princípio da retribuição legal e justa, mas ensinou que este princípio não se aplica aos nossos relacionamentos pessoais. “Não se vinguem dos que fazem mal a vocês...” (Mt 5.39a).

Os relacionamentos pessoais têm que se basear no amor, não na justiça!
Veja comigo nos vv.39b-42, os quatro exemplos de não retaliação que Jesus deu:
(a) Uma agressão física (v.39b); (b) Uma ação gananciosa (v.40); (c) Um abuso de poder (v.41); (d) Um constrangimento (v.42). As reações são expressões de amor, domínio próprio, disposição em viver em paz com as pessoas.
E não têm nada a ver com fraqueza ou covardia. 

3. Gente que ama até os inimigos – vv.43-48

 

Jesus frisa a importância do amor, indistinto.
Ele usa o exemplo do próprio Deus Pai.
Se somos “filhos de Deus”, devemos imitá-lo!

O que ele espera de nós é que não “tenhamos apenas uma atitude passiva diante do perverso, mas também um amor ativo para com nossos inimigos.”

Para doutores da Lei “o próximo” era apenas outro judeu, considerando todas as demais pessoas, de outras nacionalidades, como inimigas.
E assim, sendo inimigas, poderiam ser odiadas.
Dessa forma deixavam outros mandamentos que regulavam a vida do povo judeu para com os inimigos – Êx 23.4, 5.

Mas, o sentido real da Lei é que o nosso próximo é todo o ser humano e isso inclui nossos inimigos.
Foi esse sentido original da Lei que Jesus apresentou para os seus discípulos aqui.

O que temos que fazer pelos nossos inimigos – v.44? Amar, fazer bem e orar por eles, isto é, mesmo odiado e sendo perseguido e caluniado, é dever do cristão buscar o bem estar material e espiritual do próximo.
Para Jesus, o que identifica que uma pessoa é filho de Deus é se ama as pessoas indistintamente –v.44b.

Esse amor prático que Jesus ensina aqui é que faz a diferença – vv.45-47.
O ensino é: amar a todos, mesmo àqueles que ninguém ama ou quer amar - os perversos ingratos e maus (Lc 6.35).
Só um cristão nascido de novo pode viver esse amor, pois ele já o experimentou em seu coração e agora pode, pela graça de Deus, viver esse amor entre os seus semelhantes. 

Assim Jesus afirma: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” (v.48).
Creio, pelo contexto, que Jesus “nos chama para sermos perfeitos em amar, isto é, amar até os nossos inimigos com a mesma qualidade do amor de Deus”.

Concluindo

 

Os princípios de hoje são próprios do cristão, que ao ser postos em prática, produz diferença impar.

Há três níveis na vida:
O nível mais baixo... onde pagamos o bem com o mal e o amor com o ódio,
O nível acima deste, nível legal, onde pagamos o bem com o bem, o mal com o mal e,
O nível superior, nível cristão, no qual pagamos o mal com o bem, o ódio como o amor.

A pergunta é: Em que nível de vida estamos?
 

SERMÃO DO MONTE - PARTE 4

sermão do dia 26/04/2015

Mateus 5.21-30
Busque a conciliação e corte o mal pela raiz

Em Mt 5 Jesus diz que não veio para “revogar a Lei e os Profetas”, mas “para cumpri-los”.
E de fato ele o fez dando-lhes a profundidade e o sentido originalmente pretendidos por Deus e obedecendo-os.

Em nosso texto temos 2 exemplos que Ele citou sobre a profundidade e sentido da Lei de Deus
• e como evitar cair diante da tentação e pecar.

1. “Não matarás...” Não partas para a violência! (vv.21-26) 

No contexto bíblico mais amplo, entende-se que o que Deus proíbe é o homicídio.

Os escribas, que eram os mestres, restringiam o mandamento ao ato de matar em si.

Jesus mostrou que o que a Lei proíbe não é só o assassinato
• mas também a raiva e toda e qualquer violência verbal ou física.

A versão da BLH diz:
“Qualquer um que ficar com raiva do seu irmão... Quem disser ao seu irmão: Você não vale nada... Quem chamar o seu irmão de idiota...”.

Raiva e palavras desrespeitosas geralmente não acabam em homicídio.
• Mas, diante de Deus, equivale ao homicídio.

“Quem odeia a seu irmão é assassino...” (1Jo 3.15)

Raiva e os insultos são sintomas do desejo de acabar com a outra pessoa.
Alguns chegam a dizer ou pensar: “Gostaria que ele morresse!”
• No coração, já matou!

Por isso, Jesus acrescenta 2 aplicações práticas deste princípio:
1ª) Faça as pazes, antes do culto! (vv.23-24);
2ª) Pague a dívida, antes da prisão! (vv.25-26).

Essas figuras são diferentes.

• o cenário da primeira é uma igreja;
• o da segunda é um tribunal;

A primeira supõe uma situação de ressentimento entre dois irmãos em Cristo;

A segunda descreve uma situação de endividamento entre duas pessoas inimizadas.

Mas em ambos os casos, a situação básica é a mesma
• um tem ressentimento contra o outro

E a lição básica é também a mesma
• há necessidade de ação conciliatória imediata

Portanto:
Não fique com raiva, não insulte, não deseje a morte do outro.
• Peca-lhe perdão! Faça as pazes!
• Pague a sua dívida! Busque a conciliação!

Faça isto o mais depressa que puder!
• E serás Bem aventurado... feliz!

2. “Não adulterarás!” Se está difícil, nem olhe! (vv.27-30)

Jesus passa do 6º para o 7º mandamento.

Novamente os mestres judaicos estavam tentando limitar o alcance do mandamento original.
Ensinavam que o adultério mesmo só ocorre mediante a prática do ato.

Jesus, porém, explicou que o mandamento é muito mais amplo
• inclui uma disposição no coração
 a cobiça ou concupiscente
• inclui uma disposição na mente
 a imaginação impura ou fantasia.

O ensinamento de Jesus nesta passagem referem-se a questões ilícitas.

Jesus não proíbe os homens olharem para as mulheres, nem as mulheres olharem para os homens.

• Jesus esta falando de intenções impuras.

Sabemos da diferença que há entre olhar e cobiçar; entre pensar, e ficar a arquitetar planos...

• Jesus relacionou os olhos com o coração
• Também, o pensamento com a mente

O adultério, neste caso,
• começa nos olhos e vai parar no coração.

E se as circunstâncias pervertem a mente,
• vai parar no ilícito.

Isso é tão grave e de consequências tão danosas, que Jesus acrescentou: vv.29, 30.

Parece drástico, radical demais. Mas é só uma figura de linguagem.

O significado é simples.
“Se o seu olho o faz pecar, não olhe!”
• Corte o mal pela raiz, onde ele começa!.

“Se a sua mão o faz pecar, não faça!”
• Corte esse mal pela raiz também!.

 

CONCLUINDO

Vamos concluir acrescentando apenas que
• a tentação não é pecado.
• mas, a diferença é sutil e, às vezes, enganosa.

A tentação é uma expressão da nossa tendência nata para o pecado, que é explorada por Lúcifer, 
• e aguçada por toda essa maldade, violência e imoralidade que nos cerca.

Apesar disso, permanecem os mandamentos, com a profundidade que lhes atribuiu Jesus:
• Não matarás...
• Não adulterarás...
 nem em pensamento!”

É difícil, mas não é impossível.

Deus prometeu que não permitiria que fôssemos tentados além das nossas forças (1Co 10.13).

Hebreus diz: “...temos Jesus, o Filho de Deus... que foi tentado do mesmo modo que nós, mas não pecou. Por isso, tenhamos confiança e cheguemos perto do trono divino, onde está a graça de Deus. Ali receberemos misericórdia e encontraremos graça sempre que precisarmos de ajuda” (Hb 4.14-16).


Portanto:
• cheguemos perto do “trono da graça”
 voltemos nossa mente para as Escrituras
 e, fechemos nossos olhos para orar...

 

SERMÃO DO MONTE - PARTE 3

A JUSTIÇA DO CRISTÃO

Mateus 5.17-20

O Sermão de Jesus ao discípulo, já nos ensinou que:

Jesus, usou metáforas conhecidas, ao disser-lhes:
“Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo.”

A Igreja e o mundo são 2 comunidades diferentes, mas relacionadas.
- Existe uma diferença e radical e imprescindível;
- Mas, a relação é necessária.

Os verdadeiros discípulos, que têm ou estão desenvolvendo características contidas nas bem-aventuranças
- são como o sal:
têm um tremendo poder de penetração e transformação.
- Ao passo que a humanidade é como a carne:
em processo de deterioração ou apodrecimento.

Nós somos a luz do mundo por derivação,
- brilhamos com a luz de Cristo,

Isso acontece por meio das “coisas boas que fazemos”.

O desafio é: a nossa responsabilidade é dupla:
O sal e a luz têm coisas em comum:
eles se dão e se gastam,
é o oposto do que acontece com a religiosidade egocentrica”

Hoje, somos desafiados a entender e viver a justiça cristã – Mt 5.17-20.

Jesus falou sobre o Caráter Cristão bem-aventuranças
Falou sobre a Influência do Cristão
que exerce no mundo, quando cultiva o caráter e pratica as boas obras; sendo “sal da terra” e “luz do mundo”.

Agora, Jesus define melhor o teor das boas obras.
O termo usado é “justiça”

E justiça aqui, é sinônimo de:
obediência a Deus, prática da fé, vida cristã.

Esta perícope do Sermão é muito importante.
- Não só por sua definição de justiça,
- Mas porque nos ajuda a entender a relação entre NT e VT, entre Evangelho e Lei.

1. Cristo e a Lei (vv.17-18)

Jesus começa dizendo que não veio para “revogar a lei ou os profetas” (5.17).
- A expressão refere-se a todo o VT (Mt 7.12).

Alguns pensavam que Jesus estava revogando ou descumprindo a Lei (Mc 2.23-3.6).
Pois Ele não se reportava tanto à autoridade de Moisés, como os doutores da Lei faziam.
Ele falava com autoridade própria:
- “Em verdade (eu) vos digo...” (Mt 5.18; 6.2).
E até corrigia os mestres:
- Vocês ouviram o que foi dito... Mas eu lhes digo...” (Mt 5.21-22,27-28,31-32; Mt. 7.28-29).

Por tudo isso, Jesus disse:
“Não pensem que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir, para dar-lhes sentido completo” (v. 17).

Isto é importante pois nos mostra a estreita relação entre Jesus e Moisés, NT e VT.

Mas, é preciso lembrar que:
- o VT contêm diversos tipos de ensinamentos.
E, Jesus veio “cumprir” todos eles.

a) Ensinos doutrinários

– É o que os judeus chamam de Torá.
O termo significa “instrução revelada” -  Lei.

O VT ensina sobre:
- Deus, homem, salvação, mas de forma incompleta
- Jesus completou e deu sentido com sua vida e obra.

“VT é o Evangelho em botão - NT é o Evangelho em flor.”

b) Profecia preditiva

– Grande parte refere-se à vinda do Messias.
Jesus “cumpriu” estas profecias.

Iniciou seu ministério dizendo: “O tempo está cumprido.” (Mc 1.14; Jo 5.39; Mt 1.22; 2.23; 3.3)

A morte de Jesus na cruz cumpriu todo o sistema cerimonial do VT (sacerdócio e sacrifício).
Assim, as cerimônias, que eram sombras das coisas que viriam...  cessaram.

c) Preceitos éticos,  a Lei moral de Deus

– Os mestres da Lei ensinavam uma interpretação superficial e errada da Lei.
- Jesus retomou o original
- e deu profundidade e significado divino.

Ele obedeceu toda a Lei! (Mt 5.21-22,27,28).

Assim, Ele não veio descumprir ou abolir a Lei,
Ele veio para cumpri-la.

E ensinou aos seus seguidores que
eles também deveriam cumprir ou obedecer à Lei.

2. O cristão e a Lei

Jesus acrescenta: Mt 5.18-20.
Note duas coisas:

Primeira: Jesus não está ensinando o caminho da salvação ou como podemos alcançar o céu.

Ninguém se salvará tentando obedecer somente Lei de Deus.

Mas Jesus está dizendo
- como devem viver os que crêem nEle
- os que já estão salvos.

Saulo de Tarso, antes de se converter a Cristo, foi zeloso praticante da Lei...
- e também perseguidor dos cristãos! (At 22.3-15).
Convertido, escreveu várias cartas do NT.
Onde enfatiza que
- o pecador é justificado (feito justo, perdoado,) e salvo pela fé e não pelas obras,
- crendo em Cristo, e não esforçando-se para obedecer à Lei (Rm 3.21-24).

Segunda:  Há uma conexão entre a Lei de Deus e o Reino de Deus.

Os cidadãos do Reino,
- os que crêem em Deus e em Cristo,
- os que se submetem à vontade de Deus
- os que tem Cristo como Senhor de suas vidas,
externam a fé e submissão obedecendo a Lei divina.

A desobediência deliberada e constante à Lei, que é a vontade de Deus
- é indício de falta de arrependimento sincero,
- falta de fé genuína,
- falta de conversão verdadeira...

Por isso, Jesus concluiu esta perícope dizendo:

“Pois eu afirmo que vocês só entrarão no Reino de Deus, se forem mais fieis [em fazer a vontade de Deus] do que os professores da Lei e os fariseus”

Concluindo

O restante de Mt 5 refere-se a alguns itens da Lei,
- como eram ensinados aos judeus
- e como foram reinterpretados e aprofundados por Jesus.

Essa é a justiça do Cristão
Ao qual devemos viver...

 

O EVANGELHO MARAVILHOSO - Por Pastor Emir Vargas

Texto: Lc 4: 16 – 21.

Conforme Lucas, Jesus começa sua aparição pública em sua aldeia natal, Nazaré. A intenção do evangelista não é dizer dessa maneira que ali Jesus teria realizado sua primeira pregação, porque do texto se depreende que o Senhor já atuara antes em Cafarnaum e outras localidades. Antes, a cena em Nazaré narrada por Lucas visa mostrar, por meio de um exemplo do início da atuação pública de Jesus, que essa atividade provocou uma divisão de espíritos em aceitação e rejeição, sim e não. Desse modo, a cena em Nazaré forma, pelo conteúdo e pela disposição das pessoas, uma espécie de prólogo e abertura para a atuação do Senhor na Galiléia.
A expressão segundo o seu costume evidentemente deve ser relacionada com toda a infância e adolescência de Jesus, anteriores ao seu batismo. Por isso também é dito: “…onde fora criado”. As crianças tinham acesso ao culto na sinagoga a partir do quinto e sexto ano de idade. Esse culto foi um instrumento extremamente importante para o desenvolvimento intelectual e religioso de Jesus. As leituras do AT, que ele podia ouvir regularmente, diversas vezes por semana, com certeza deram sua contribuição para que obtivesse aquele conhecimento preciso das Sagradas Escrituras de que toda a sua pregação dava testemunho.

Devemos ter presentes duas coisas neste texto:
1) Jesus tinha o costume de ir à sinagoga no dia de sábado. Devem ter tido muitas coisas com as que estaria totalmente em desacordo; entretanto concorria. O serviço nas sinagogas estava longe de ser perfeito; entretanto Jesus nunca deixava de reunir-se com os que se congregavam para adorar a Deus em seu dia.
2) Só temos que ler a passagem de Isaías que Jesus leu para nos dar conta da diferença entre Jesus e João o Batista. João pregava a destruição e em face de sua mensagem os homens tremiam de medo. Jesus trazia o evangelho – as boas novas. Ele também conhecia a ira de Deus mas esta era sempre a ira do amor.

A pergunta para esta noite é: o que o Evangelho representa na sua vida?
1). Representa libertação dos oprimidos: Oprimidos aqui, vamos falar da opressão do pecado, que nos aprisiona e sufoca em um mundo sem chances de escolha. E este Evangelho da libertação não fala de ódio nem violência. Fala de uma libertação pelo amor e pela graça. Jesus é a chave desta libertação. Você precisa desta libertação, que só o Evangelho de Jesus traz?
Junto com esta libertação, vem a cura da cegueira. Quando estamos em pecado, somo totalmente cegos para as coisas celestiais. Saulo, antes da sua conversão estava cego pela sua religiosidade, e perseguia os cristãos impiedosamente. Porém quando teve seu encontro com Jesus, a primeira coisa que lhe aconteceu foi a cegueira física, para que pudesse entender o quanto a sua cegueira espiritual e religiosa era grande, para depois lhe abrir definitivamente os olhos e fazer dele um dos maiores pregadores do seu Evangelho. De qual cegueira você precisa ser curado nesta noite?
A cegueira nos deixa abatido. Lemos em Atos 9: 17 que Saulo estava abatido pela sua cegueira, estava abatido pois havia refletido em tudo que tinha feito contra o próprio Jesus e contra o próprio Deus, estava como quem já estava derrotado e sem forças para continuar a viver, mas Deus, através do seu Filho Jesus nunca deixa, aquele que reconhece e se arrepende de seus pecados. Assim Deus envia Ananias para livrar Saulo da cegueira e levantar Saulo de seu abatimento. Através deste Evangelho poderoso do Senhor Jesus, nós também somos levantados do nosso abatimento causado pelo pecado. Nesta noite você se sente abatido e sem forças? Entregue-se nos braços de Jesus.
Este Evangelho que Jesus anunciou é tão poderoso que nos salva das profundezas. Quando tudo parece perdido e sem saída, quando percebemos que estamos no fundo do poço e no desespero percebemos que não temos mais saída, que tudo está perdido, Jesus vem com seu amor e sua graça e nos resgata do tremedal de lama em que nos encontramos e coloca nossos pés sobre a rocha e nos firma os passos.
Jesus tem oferecido este Evangelho a todo aquele que precisa de restauração de vida, ou seja, para todos nós. Este Evangelho é derramado sobre nós com o poder do Espirito santo de Deus e como unção nos reveste contra toda a investida do diabo sobre as nossas vidas.
E a oportunidade de aceitar e seguir o Evangelho poderoso apregoado por Jesus é agora, este é o ano aceitável pelo Senhor. Nós não podemos desperdiçar nenhum segundo de nossas vidas, pois qualquer cochilo pode representar a nossa separação eterna de Deus.
E se você ainda não se reconciliou com Jesus, não perca tempo. Quero repetir as perguntas que fiz no meio desta pregação:
Você precisa desta libertação, que só o Evangelho de Jesus traz?
De qual cegueira você precisa ser curado nesta noite?
Nesta noite você se sente abatido e sem forças por causa do pecado que ainda existe em sua vida?
Então entregue-se verdadeiramente para este Evangelho que Liberta da opressão do pecado, que cura da cegueira da religiosidade e da escuridão do pecado, e levanta todo o abatido pelo pecado.

O SERMÃO DO MONTE - PARTE dois


sermão do dia 01/03/2015

Texto - Mt 5.1,2 e 7.28,29

Introdução

Mateus 5-7. mostra toda essência para quem quer viver a vida do Reino de Deus que chegou...

No sermão vemos:

1. O caminho da felicidade cristã – Mt 5.3-12.

As bem-aventuranças, ou as felicidades...
Esta no início do Sermão, e enfatizam 8 aspectos do caminho dessa felicidade cristã.
Algo presente nos que foram regenerados...
No caráter cristão...
Nos cidadãos do Reino

Estes têm:

- vida de dependência de Deus (humildes = pobres de espírito) - vida no seu Reino...
- coração contrito (chorar) - consolo divino...
- atitudes de mansidão (humildade diante de Deus) - herdeiros da promessa - nova Canaã...
- fazem a vontade de Deus (justiça) - satisfação em viver a vontade de Deus primeiro...
- demonstram misericórdia (em relação aos outros) - alcançar de Deus misericórdia para si...
- testemunham dignamente (pureza de coração) - vêem Cristo - autor e consumador da salvação...
- são agentes da paz (trabalhar na promoção) - Deus tratará como seus filhos - filhos da paz total...
- não buscam aprovação do mundo - (perseguidos) - ja tem o Reino do Céu - fiel até a morte...

Há benção aos que estão dispostos a seguir esse caminho.
- grande recompensa
- receber por herança o que esta prometido desde a fundação do mundo = Mt 25.34

A igreja... composta de pessoas regeneradas... cidadãos do Reino de Deus...

TEM UMA MISSÃO... UM TESTEMUNHO A DAR
ENQUANTO CAMINHA AQUI NESTA TERRA...

- somos chamados a ser influencia...
- mostrar o caráter cristão...
- o caminho da felicidade...

E, nisso Jesus chama a atenção
- não é escondendo...
- não é se afastando...
- não é distanciando de forma asceta (essênios/enclausurados/mosteiros)

Temos que... mesmo sendo insultados e perseguidos... TESTEMUNHAR... (o povo da cruz)

Por isso o Sermão do monte prossegue.

2. Somos influência...

a missão de cada cristão – Mt 5.13-16.
As metáforas do sal e da luz falam da influência que os cristãos podem, devem e exercer no mundo.


Conclusão

Aqui, no capítulo 5, vemos que:

1º) Jesus convoca os discípulos;
2º) Jesus mostra seu Reino;
3°) Jesus estabelece os valores e paradigmas para a vida dos discípulos;

Como nós temos respondido a este caminho da felicidade?
Como temos entendido nossa missão, como proclamadores - em pratica de vida?

John Stott, ao escrever sobre este sermão do monte disse:

Ele é o mais lido,
Ele é o menos compreendido
Ele é o menos praticado de todos os ensinos de Jesus.

Os primeiros ouvintes ficaram impressionados com a autoridade com que Jesus ensinava.

Ele deixou a multidão atônita e o faz até hoje,
- quando é pregado e ensinado por meio dos seus discípulos.
- através de nossas vidas...

vv. 13 e 14 - "vocês são..."

 

O SERMÃO DO MONTE - Parte um

SERMÃO DO DIA 22/02/2015

 

Mateus 5-7 (5.1,2; 7.28,29)

1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos;
2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
28 Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina;
29 porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas

O Sermão do Monte traz a essência do ensino de Jesus.
• Ele torna a justiça atrativa;
• envergonha nosso fraco desempenho;
• gera sonhos de um mundo melhor.
          
Jesus, ao ensiná-lo, desejava que fosse obedecido.

Se a Igreja tivesse aceito os padrões e valores do Reino, e tivesse vivido conforme os mesmos:
• teria sido a sociedade que sempre tencionou ser
• e poderia oferecer ao mundo a verdadeira ética.

O Sermão está no inicio do ministério público de Jesus.
• Após seu batismo e tentação,
Jesus começou a anunciar as boas novas
•  o Reino de Deus, prometido no VT, estava começando.
Ele mesmo viera para inaugurá-lo.
Com Ele o Reino de Deus irrompia na História.

Jesus enfatiza que seus verdadeiros discípulos, os cidadãos do Reino de Deus, tinham de ser inteiramente diferentes.

• não deveriam tomar como padrão de conduta as pessoas que os cercavam, mas sim Deus,
• e provar serem filhos genuínos do Pai celestial.

O texto-chave do Sermão do Monte é Mt. 6.8:
• "
Não vos assemelheis, pois, a eles."
• Este tema é desenvolvido em todo o Sermão.

O caráter deles teria de ser diferente daquele que era admirado pelo mundo.
Deveriam brilhar como luzes nas trevas reinantes.
A justiça teria de exceder aos escribas e fariseus no comportamento ético e na devoção religiosa.

O seu amor deveria ser maior.
A sua ambição mais nobre.

Não há um parágrafo no Sermão em que não mostre este contraste
• o padrão do cristão e o do religioso formal.

Assim:
• os religiosos formais amam-se e saúdam-se uns aos outros,
• os cristãos têm de amar seus inimigos (5.44-47).

• os religiosos formais oram segundo um modelo, as "vãs repetições"
• os cristãos devem orar com humilde reflexão de filhos do seu Pai celestial (6.7-13).
• os religiosos formais estão preocupados com suas próprias necessidades materiais,
• os cristãos devem buscar primeiro o Reino e a justiça de Deus (6.23, 33).

Em outros pontos, Jesus contrasta seus discípulos com os judeus, ou seja, com os religiosos formais.
Especificamente, com os escribas e fariseus.
• os escribas são os mestres da teologia que tiveram alguns anos de estudo.
• os fariseus, por outro lado, um grupo de leigos piedosos das camadas da sociedade.

Jesus mostra outro contraste:
• o caráter cristão X a ética dos escribas (5.21-48)
• a devoção cristã X a piedade hipócrita dos fariseus (6.1-18).

Assim, os discípulos de Jesus têm de ser diferentes:
• da igreja nominal, como do mundo secular;
• dos religiosos, como dos irreligiosos.

O Sermão é um esboço completo, em todo o NT
• sistema de valores cristãos,
• padrão ético,
• devoção religiosa,
• atitude para com o dinheiro,
• estilo de vida e uma teia de relacionamentos.

Oposto ao mundo não cristão.

Três perguntas básicas vem na mente de quem lê e estuda o Sermão do Monte:

Primeira pergunta:
O Sermão é um pronunciamento de Jesus?

O Sermão está registrado em MT 5-7 e LC 6.20-49.

Ambos apresentam o sermão como de Cristo.
Ambos dão o mesmo contexto; o começo do ministério de Jesus na Galiléia dado no monte.

Mateus registra a reação das multidões, quando Jesus terminou de proferir
• destacando a autoridade com que ele falava.

O Sermão começa assim: E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos.. (Mt 5.1)

Segunda pergunta:
O conteúdo do Sermão é relevante para hoje?

Tanto Mt (5.1) como Lc (6.20), diz que Jesus dirigiu esse sermão aos seus discípulos.

Jesus foi ao monte e assentou-se para ensiná-los.
Ele queria só focar nos discípulos – seu alvo.

Assim, o Sermão do Monte é para cristãos.

Para àqueles que entregaram suas vidas a Jesus e reconhece-O como seu Senhor e Salvador.

O Sermão tem como alvo, pessoas regeneradas

Ele representa a síntese do que Deus espera de nós.

Mas, esse sermão não é uma lista de deveres que funcionam automaticamente.
• É um conjunto de ensinos
• que quer dar à pessoa um estilo novo de vida.

E esse viver de qualidade e felicidade tem inicio com um relacionamento novo.... com Jesus.

Nenhum dos ensinos do Sermão pode ser praticado sem este pré-requisito:
• relacionamento pessoal com Jesus.

Terceira pergunta:
Os padrões do Sermão são praticáveis ou não?

Há pessoas que dizem que seus ideais são nobres, mas inatingíveis,
atraentes à imaginação, mas impossíveis de serem cumpridos.
Outros afirmam que os padrões éticos do Sermão são comuns as religiões e fáceis de praticar.

A verdade é:

• eles são praticáveis
• mas por aqueles que nasceram de novo.

Condição indispensável para ver e entrar no Reino de Deus.
Pois a justiça descrita no Sermão começa no interior da pessoa...

Conclusão:

Assim, sendo o Sermão do Monte é:
• um autêntico ensino de Jesus,
• relevante e praticável em nosso tempo
• pelos regenerados
• os verdadeiros discípulos

A parte mais conhecida do ensino de Jesus...
resumo do que ele quer que seus seguidores sejam e façam

 

ROMPENDO COM AS VELHAS ESTRUTURAS

SERMÃO DO DIA 16/02/2015

Texto: Mc 2.18-22 e Is 58

Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Por isso, vinho novo é posto em odres novos” (Mc 2.22).

Introdução:

Um odre era feito de peles de carneiro, flexíveis.
Enquanto novo, o odre tinha a capacidade de se esticar à medida que o vinho novo ia se expandindo dentro dele.
Quando se tornava velho, perdia sua capacidade elástica, tornando-se rígido demais.
Qualquer porção de um novo vinho ali depositado seria o bastante para provocar a ruptura do recipiente, já em seu limite máximo de expansão.

O vinho novo representa Jesus, e os odres, nossas estruturas de mente.

Vejamos o que o texto nos ensina.

1 – Desfrutando da Presença do Noivo

– Esta história começa com uma discussão envolvendo os discípulos dos fariseus e os de João, que perguntavam sobre a razão dos discípulos de Jesus não jejuarem.

Jesus, sabiamente, utiliza-se da ilustração do noivo e de seus convidados, que numa festa de casamento não podiam estar pensando em jejum.
Ele procura mostrar que numa ocasião assim é mais comum a alegria e a descontração dos convidados, do que a reverência e introspecção dos que jejuam.

Jesus não condenava a prática do jejum.
Apenas queria que as pessoas percebessem que o Noivo estava presente, e, por isso, seus convidados festejavam.
Ele próprio era o Noivo que alegrava o arraial, embora muitos não desfrutassem de Sua presença.

Os religiosos permaneciam em seus rituais costumeiros, incluindo a própria prática do jejum (para alguns, um mero ritual).
Assim, deixavam de aproveitar alegremente a companhia d'Aquele que se fez carne para habitar entre nós.
Jesus estava ali, mas muitos O procuravam em outro lugar.

2 – O Jejum que Traz de Volta o Noivo ao Coração

– Jesus disse que enquanto o noivo estivesse presente, não haveria razão para jejuar.
Quando, porém, fosse tirado do meio deles, então jejuariam.

Ele estava dizendo que no momento certo os discípulos passariam à prática do verdadeiro jejum.
Não daquele que não passava de um mero ritual religioso.
Mas do jejum que pudesse reavivar a presença do noivo nos corações.

É assim, que acontece quando jejuamos de forma consciente, desejosos de uma experiência real com o Senhor.
No jejum, abstemo-nos de atividades lícitas, para nos devotarmos à oração e a prática da Palavra.
Como resultado, o entendimento espiritual se abre para tornar mais real a presença de Cristo em nosso interior.
E a ação, nos leva a mostrar a vivacidade da Palavra de Deus que habita em nós


3 – A Diferença entre o Velho e o Novo

– No final da passagem bíblica, Jesus ilustra o que acabamos de explicar, usando as figuras do remendo de pano novo em vestido velho, e do vinho novo em odres velhos.
Ele ensina que não se pode ter uma genuína experiência com Deus, por meio do jejum ou outra prática qualquer, com base nos velhos rituais religiosos.

A nova relação com Deus, só combina com novas disposições de coração, mente e vontade.
Os discípulos dos fariseus e os de João, estavam perdendo a oportunidade de desfrutar do Vinho novo.
Porque seus odres estavam envelhecidos pela tradição e pelos costumes.
E isso só os condicionavam a uma velha maneira de viver.
Eles tinham dificuldades de romper com esse estilo de vida para receberem o vinho novo de Jesus.

Conclusão:

As velhas tradições religiosas estavam impedindo que algumas pessoas pudessem ter uma nova experiência com Jesus.
Havia urgente necessidade de se romper com os velhos padrões de conduta para abraçar uma nova vida em Cristo, aqui representada pelo vinho novo.

Aplicação:

Precisamos refletir sobre algumas práticas religiosas que têm feito parte dos nossos costumes.
Praticas religiosas que não trazem plena satisfação diante do novo.
Como viver a vida cristã nesta nova geração?
Jesus é a resposta...
E, Ele quebra paradigmas para que a vida nova esteja em todos os momentos da vida humana.


 

A tempestade - Mis. Lorena Carvalho

 

 Texto: Marcos 4.35 a 41
 
Introdução: 
O texto lido inspirou uma musica de nosso hinário que diz assim: Mestre o mar se revolta as aguas nos dão pavor o céu se reveste de trevas não temos um salvador (...) um hino muito conhecido que ficou mundialmente famoso após o presidente Garfield dos estados unidosser baleado e ficar entre a vida e a morte, essa musica foi muito cantada nesse período, ele veio a falecer e essa musica foi cantada em muitos cultos em sua homenagem.
 Mas existe uma outra historia por trás desse hino, sua autora desde jovem foi criada sendo uma serva de Deus dedicada, perdeu os pais vitimas da tuberculose e viveu com sua irmã e seu irmão, um cuidando do outro, até que um dia seu irmão também descobriu que estava com tuberculose, as duas irmãs juntaram todas as suas economias para manda-lo morar em uma cidade com um clima favorável a sua saúde dele, mas como o dinheiro era pouco elas não puderam ir junto. Esse esforço foi feito aparentemente em vão, pois pouco tempo depois ele morreu, e elas não tiveram condições financeiras de irem enterra-lo ou mandar vir o corpo para que elas fizessem o velório. 
Ela então ficou revoltada com Deus, achando que Deus tinha se esquecido dela, que ele não se importava com ela, ficou abatida e triste, mas Deus acalmou o coração dela. E após ter passado por essa experiência traumática um amigo lhe pediu para que fizesse algumas musicas para as aulas da Escola Bíblica Dominical, e um dos temas era Jesus acalma a tempestade, foi então que ela escreveu o hino “sossegai”.
E sobre isso ela escreveu um relato: Embora nosso choro não fosse como outros que não tem esperança, e embora tivesse crido em Cristo desde menina e desejasse sempre viver uma vida consagrada e obediente, tornei-me terrivelmente rebelde a esse designo da divina providencia. Disse no meu coração que Deus não amava a mim, nem aos meus. Mas a própria voz do meu Mestre veio acalmar a tempestade do meu coração rebelde e me trouxe a calma de uma fé mais profunda e uma confiança mais perfeita.
Elucidação: No texto lido os discípulos estão claramente sendo provados durante a travessia do mar da Galileia quena verdade não é um mar é um lago de agua doce, ele era chamado de mar devido a fúria de suas aguas em determinadas épocas. O fenômeno descrito no texto acontecia algumas vezes naquela região onde o vento frio descia do monte Hermom e se chocava com o vento quente, a região era cercada de montanhas, causando assim uma tempestade de vento, mas naquele dia estava muito forte a tempestade, pois até alguns dos discípulos que eram pescadores e estavam acostumados com a travessia domar da Galileia temeram por suas vidas. Observamos na narração que Jesus estava pregando através de parábolas a beira mar, quando disse aos discípulos que atravessariam para a outra margem. Durante a travessia começa então a tempestade de vento, as ondas são jogadas contra o barco, e este já estava se enchendo de agua, haviam ali outros barcos que os acompanhavam. Os discípulos ficaram atemorizados e Jesus estava dormindo tranquilamente, pois chegou no barco cansado, logo foi se deitar e pegou no sono. Esta é a cena de desespero da parte dos discípulos descrita nesse texto. Quando os discípulos estavam com muito medo e se sentiram desprotegidos, eles foram até Jesus e o acordaram e fizeram uma pergunta com tom de acusação muito grave. Eles perguntaram: Mestre, não te importas que morramos? Jesus se levantou, repreendeu o vento e disse para o mar: acalme-se. O vento se aquietou, obedeceu o comando de Cristo.
 Jesus então se volta a seus discípulos e pergunta: Porque vocês estão com tanto medo? Por acaso ainda não tens fé? Eles estavam apavorados e ficavam perguntando uns para os outros quem é esse que até o vento e o mar lhe obedecem?
 Esse texto está situado em um bloco de textos onde Marcos fala sobre a autoridade é o poder de Deus para solucionar problemas extremos acima da capacidade humana de resolvê-lo.
 
Tese:Os efeitos da tempestade
 
Divisões:
1- A tempestade prova a fé
No meio daquela tempestade os discípulos ficaram com medo, desesperados, faltou fé. Vejamos que a palavra chave aqui é fé. E como diz em Hebreus 11.1“Fé é a certeza de coisas que esperamos e convicção de fatos que não se veem”.
Mas a fé não é instantânea, ela é fortalecida por meio das provas. Só sabemos o tamanho da nossa fé a partir do momento que ela é provada. 
Em Tiago 1 diz que É motivo de grande alegria passarmos por provações, pois a provação da nossa fé produz perseverança e a perseverança deve ter ação completa, a fim de que sejam maduros e íntegros sem lhes faltar coisa alguma. 
A provação da nossa fé nos torna crentes maduros.
Pedir a Deus que aumente nossa fé é fácil, mas quando a nossa fé é provada, dói, dói muito, mas qual crescimento não dói?
Ilustração: Quando somos crianças passamos por uma fase que chama estirão do crescimento, e os que mais crescem, são os que sentem mais dor, tem pessoas que passam por ele sem nem perceber, mas as pessoas como eu que cresceram muito e muito rápido sabem como doeu crescer.
Assim também é a nossa fé, quando crescemos na fé dói, mas gera maturidade cristã.
Os discípulos não conseguiram ver além da tempestade, não entenderam qual era o proposito dela. Essa tempestade teve um proposito pedagógico na vida dos discípulos que foi ensina-los a confiar em Jesus, mostrar que eles seguiam Jesus mais ainda não confiavam plenamente nele.
Eles estavam completamente preocupados com suas vidas terrenas sem pensar nas coisas do alto. 
Em Tiago1 vemos ainda que “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida eterna, que Deus prometeu aos que o amam.”
 Mas naquele momento os discípulos só conseguiram pensar em viver, salvar suas vidas, mas Jesus veio para nos salvar e nos dá a vida eterna, não para nos livrar da morte física.
 
2- A tempestade mostrar que Jesus se importa
Esse texto nos mostra a natureza humana de Jesus Cristo, pois ele estava cansado depois de um dia todo pregando e dormiu. Mostra que ele era realmente humano, ele sentiu as mesmas coisas que nós sentimos, teve as mesmas necessidades que nós temos, e Jesus sabe o que nós passamos, tudoo que precisamos. Jesus Cristo se importa com os homens, ele não é um Deus distante e insensível, o nosso Deus se importa conosco, ele é um Deus relacional ele se relaciona com os filhos dele. Mesmo quando os discípulos pensaram que ele não se importava, ele estava ali. Quem tem Jesus nunca está sozinho. 
No Salmo 27.10 diz que se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá e no salmo 145.18 diz que perto está o senhor de todos os que o invocam, de todos que o invocam em verdade.
 
3- A tempestade mostrar o poder de Jesus
No meio da tempestade todos estavam agitados, mas Jesus dormia tranquilo porque ele é Deus e tem o domínio sobre todas as coisas. A pergunta que eles fizeram transpareceu que eles conviviam com Jesus, mas não o conheciam de fato, eles ficaram com tanto medo da morte que esqueceram dos ensinos de Cristo, das promessas dele. Com aquele milagre eles viram que só Deus poderia fazer aquilo, logo Jesus mostrou que é Deus, o próprio Deus estava ali com eles, ele os salvou da morte.
Jesus mandou na tempestade, pois ele não está no mesmo nível da natureza, ele é superior, ele é o Deus todo poderoso e só ele tem poder para mandar na natureza, para curar, para expelir demônios, só Jesus tem poder para salvar, só ele tem o poder sobre a morte.
 Jesus faz além daquilo que podemos fazer, quando os discípulos viram que aquela luta entre eles e a tempestade era desigual e ele iam morrer, eles clamaram por Jesus, pois ele é o único que pode fazer infinitamente mais do que aquilo que pedimos ou pensamos, ele faz o impossível aos olhos humanos. Eles ficaram maravilhados com a majestade e o poder de Jesus.
Como diz o hino sossegai... Pois todos ouvem o meu mandar... Todos, ou seja, o mar, o vento, os animais, o sol ou os homens, o nosso Deus é o Deus todo poderoso, que dá voz de comando a todas as coisas.
 
Conclusão: 
A tempestade prova a fé, mostra que Jesus se importa e mostra o poder de Jesus .As tempestades da vida vem para todos, todos passamos por momentos de provações, seja pobre ou rico, novo ou velho. Elas são inevitáveis, inesperadas, nos deixam com medo, abatidos, mas elas servem para provar a nossa fé e mostrar que assim como ele se importou com os discípulos, Jesus se importa conosco, ele é homem e sabe tudo o que enfrentamos, mas Jesus também é o Deus todo poderoso que criou todas as coisas e que tem todo o domínio sobre sua criação. 
 
Aplicação: 
As vezes convivemos com Jesus, vamos a igreja, lemos a Bíblia, oramos, mas ainda não compreendemos a majestade, a grandeza e o poder de Deus. E Deus permite que passemos por situações de extremas tristeza e desespero para provar a nossa fé e mostrar que ele é Deus conosco e com ele nunca estamos sozinhos, mesmo que pareça que ele não se importa, que estamos sozinhos ele está do nosso lado.
 

Tópico: SERMÕES

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Khabaryar with Aftab IqbalDummy Usman BuzdarEpisode 7809 October 2020GWAI

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Khabaryar [url=https://gupshupwithaftabiqbal.arworlds.info/1amKcJx5gHhlrHQ/khabaryar-with]with[/url] Aftab IqbalDummy Usman BuzdarEpisode 7809 October 2020GWAI

Minister KTR Road Show LIVEGHMC Elections 2020CM KCRKTR Speech LiveYOYO TV Channel

JessicaVus 04/12/2020
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Minister [url=https://yoyotvchannel.incharts.info/minister-ktr-road-show-live-ghmc-elections-2020-cm-kcr-ktr-speech-live-yoyo-tv-channel/kXGxiV-Eq9GWgZs]KTR[/url] Road Show LIVEGHMC Elections 2020CM KCRKTR Speech LiveYOYO TV Channel

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KellyMum 03/12/2020
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